Se você chegou aqui é sinal de que podemos te ajudar. No decorrer deste conteúdo apresentaremos informações sobre um dos agitadores mais utilizados em laboratórios, o agitador magnético.
Patenteado em 6 de Junho de 1944 por Arthur Rosinger na cidade de Newark em New Jersey, nos Estados Unidos da América, como um equipamento onde era utilizada força magnética para a realização de misturas, bastando apenas a utilização de um simples acessório, conhecido como barra magnética.
O que é e para que serve um Agitador Magnético?
O Agitador Magnético é um equipamento de laboratório utilizado para realizar misturas de amostras diversas, mas sempre com baixa viscosidade.
A Baixa viscosidade da amostra tem como finalidade manter a força eletromagnética entre o imã e a barra magnética dentro da amostra. Ao final falaremos mais detalhadamente sobre este funcionamento.
Por isso ele é utilizado principalmente na Química e na Biologia, mas também está presente em diversas outras áreas.
Já deve ter ficado claro para você que o agitador magnético serve para diversas aplicações laboratoriais, das mais simples às mais complexas, tais como:
- Manter uma solução homogênea durante uma titulação
- Mistura de líquidos
- Mistura ou incorporação de pós em líquidos
- Manter uma amostra com temperatura homogênea
- Realizar a mistura em pequenos reatores homogênea, seja em reatores de vidro ou até mesmo em reatores de aço, como os da Berghof
Além disso, o agitador magnético também é utilizado em aplicações onde:
- a agitação mecânica (por um agitador de hélice) não pode ser utilizado
- em sistemas fechados onde não é possível introdução de uma hélice,
- Em amostras onde a contaminação precisa ser bem controlada
- Para amostras com riscos biológicos
- Para agitação simultânea, de diversas amostras, com as mesmas condição (utilizando agitadores magnéticos de múltiplas posições)
Como o Agitador Magnético Funciona?
Como o nome mesmo já diz, o agitador magnético funciona como um imã que gira acoplado a um motor elétrico. A força magnética do imã, localizado abaixo da superfície da amostra, gira uma barra magnética colocada dentro da amostra, que por sua vez irá promover a mistura da amostra.
Este imã está fixo à um motor elétrico, que gira conforme velocidade definida pelo usuário.
A barra magnética, também chamada de peixinho ou pulga, é em geral um pedaço de Alnico, uma liga metálica de Ferro (Fe), Alumínio (Al), Níquel (Ni) e Cobalto (Co), altamente magnética.
Portanto para garantir que não haverá corrosão ou interferência na composição da amostra, este pedaço de metal é normalmente revestido em Teflon (PTFE), material plástico altamente inerte quimicamente.
A força magnética gerada entre o imã e a barra magnética faz com que a barra magnética gire na mesma velocidade do motor elétrico do agitador.
Velocidade de Rotação
A velocidade de rotação do motor é definida normalmente em rotações por minuto (RPM), pode ser ajustada através de um potenciostato ligado ao motor elétrico.
Esta velocidade pode ser definida de diversas maneiras, tais como:
- Através de escalas numéricas de 1 a 10 por exemplo, onde 1 indica a menor velocidade de agitação e 10 a maior velocidade
- Através de velocidades pré determinadas, como por exemplo 100, 200, 300 rpm. Estas indicações estão impressas na superfície do agitador magnético e normalmente são apenas uma aproximação.
- Através de displays digitais, onde aparece a indicação em um visor da velocidade desejada pelo usuário.
Vale ressaltar que deve ser feita uma observação visual do comportamento da barra magnética durante todo o processo de mistura, principalmente quando altas velocidades são necessárias.
Isso se deve pois, se a força magnética não for suficiente para manter a barra magnética “fixa’ ao imã, a mesma se “descola” do imã do agitador, impedindo assim o processo de mistura. Neste caso, observamos um barulho atípico da barra “batendo” nas paredes do frasco da amostra.
Em agitadores magnéticos mais avançados, como o modelo HS 7 Control ou a RCT Digital, ambos da IKA, este fenômeno de “desacoplamento” é identificado e o agitador pode inclusive reduzir automaticamente a velocidade de agitação, até que a barra magnética seja novamente “acoplada” ao imã, e o processo de mistura possa retornar à velocidade definida pelo usuário.
Baixas Viscosidades
Lembra que falamos anteriormente sobre a utilização de amostras magnéticos apenas com amostras com baixas viscosidades?
Agora podemos explicar mais detalhadamente o por quê desta necessidade…..
Amostras com médias ou altas viscosidades fazem com que a barra magnética tenha uma resistência extra ao movimento. Esta resistência promovida pela amostra faz com que a barra magnética tenha dificuldade de se movimentar conforme a velocidade do motor elétrico e o imã a ele preso.
Na verdade é uma relação entre a força magnética do imã com a barra x a força do atrito entre a barra magnética e a amostra.
Logo, o “desacolpamento” da barra magnética ocorre com facilidade em amostras de média e alta viscosidade, e impede assim a mistura da amostra !
Lembramos também que cada agitador possui a especificação de barra magnética MÁXIMA, ou seja, um tamanho de barra magnética máximo que pode ser utilizado. Isso se deve ao fato de que uma barra magnética grande demais possuirá uma força magnética tão grande que poderá impedir a rotação do motor e consequente dano ao agitador.
Sabe como escolher um Agitador Magnético?
Se você quiser aprofundar mais sobre esse assunto, sugiro a leitura do nosso artigo sobre como escolher um agitador magnético.